terça-feira, julho 11, 2006

L for...



Parece que os gaijos todos da praça andam histéricos com a série The L World. Porquê? Porque, ali, as gaijas são todas lésbicas ou em vias de o ser. E todas podres de boas, segundo opinião abalizada. De facto, são-no. Tão boas que eu própria me atiraria de boa vontade para cima de qualquer uma delas. A série tem sido um êxito nos E.U.A. e além mar, com direito a uma L World Convention em Londres agendada para Novembro e tudo. Conseguiu a proeza de reabilitar a carreira de Jennifer Beals e conseguiu por o público masculino em polvorosa confirmando o velho fetiche dos homens por tudo que meta troca de fluidos entre mulheres. Apesar das cenas de sexo explícito serem inexistentes, as insinuações e marmelanço entre o grupo de mulheres (podres de boas, não esquecer) parecem ser mais que suficientes para os por em ponto de rebuçado. Não me consta que, aquando da projecção do Queer as folk, onde as insinuações iam muito além disso, o mulherio se tenham exaltado tanto. E nem sequer a série da televisão britânica teve tanto êxito. À parte da curiosidade que The L World possa gerar por mostrar a homossexualidade feminina a sair descaradamente do armário, tem também o mérito de nos mostrar que as traições, decepções, incertezas, alegrias, rotinas, carências, afectos, inseguranças e cegueira que o amor provoca não são exclusivo das relações heterossexuais. O que me cria algum desanimo já que, atendendo ao quanto menos vou percebendo do mundo masculino, já me tinha passado pela cabeça virar-me pro outro lado a ver se a coisa corria melhor. Assim, ficou-se uma lésbica pelo caminho e a série ganhou mais uma espectadora. Resta saber se os criadores da série são eles mesmos homossexuais ou se serão heterossexuais a colarem a um Mundo L as suas próprias vivências e crenças nefastamente heterossexuais (a par com os tais fetiches masculinos) sobre esse bicho que é o amor.
Na 2, de segunda a quinta. A desoras, claro (00:30).
Ou melhor, era assim na semana passada. Esta não. Na próxima não sabemos. A estratégia de programação da RTP no seu melhor.

2 comentários:

Anónimo disse...

De facto, ja me tinha interrogado se a serie serviria para passar para a populaca em geral uma mensagem (muito bem-vinda !) da normalidade da homossexualidade, ou se seria so um produto soft-core para agarrar mais uns quantos gajos a TV ... ainda nao tenho resposta ...

A Bolota disse...

Pois meu caro PB, tb não terei a resposta para te dar. Mas pelo menso mesmo que seja um produto soft-core em papel lustroso tem a vantegem de, nem que subliminarmente, ir inculcando a mensagem da normalidade da homossexualidade na cabeça de alguns.