terça-feira, dezembro 19, 2006

Damn Aussies!



No outro dia recebi um sms de um amigo meu, australiano, de Sidney. Estava exultante porque se encontrar finalmente a viajar pela velha Europa, local de onde lhe veio a linhagem russa, estando agora na Alemanha, nem sei bem onde, histérico com os festejos de um Natal invernoso, coisa que nunca teve oportunidade de viver. Demasiada emoção para uma pessoa só, sem dúvida. No meio da sua excitação, desafiava-nos a nós, os amigos europeus, espalhados entre Portugal, Suiça, Áustria, Espanha, Hungria, Inglaterra e Holanda, a irmos ter com ele até à Alemanha, como quem vai ali até ao Porto e volta ou, na impossibilidade disso, de nos encontrarmos todos algures a meio caminho nesta Europa comunitária. Sugestão decerto fomentada não só pela ingenuidade típica australiana mas também por uma noção bem diferente de espaço e distâncias. Claro que nós, os europeus, lhe dissemos para ir dar banho ao cão aproveitando para passar ali pelo bilhar grande, que queríamos era ficar sossegados nos nossos cantinhos (aka países), qual agora estar a fazer quilómetros para tomar um café! E assim o pobre do Dave há-de regressar ao seu pais continental, de onde lhe levou uma vida inteira a sair, sem ter tido oportunidade de estar com qualquer um de nós. Um verdadeiro exemplo de como o meio ambiente em que vivemos condiciona a nossa perspectiva da vida e o modo de fazer as coisas.

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