segunda-feira, outubro 16, 2006

Beats me!



Confesso que nunca percebi o que acomete as minhas congéneres e as leva, em locais públicos vários, a saírem disparadas de onde estão e irem juntas à casa de banho, soltando risinhos e gritinhos. Devo ter um cromossoma qualquer a menos que me faz menos gaja do que elas, de certezinha, mas juro-vos, gaijos deste mundo, que tal coisa me deixa tão atónita como a vocês encontrando-se envolta em igual mistério. Fico ainda mais perplexa quando as vejo, aos pares, a espremerem-se todas para caberem no cubículo onde se encontra a sanita. É que não faço a mínima ideia o que uma fará enquanto a outra está a fazer o que ali a levou. Segura nela para que não se desequilibre e toque com o rabo na sanita?! Passa-lhe o papel higiénico?! É um enigma. Sendo gaija, e sabendo exactamente o que vou fazer a uma casa de banho pública, não entendo para que precisam de companhia. A menos, é claro, que estejam todas alegremente a partilhar carreirinhas de coca. Mas isso já é outra estória.
Depois, saem igualmente juntas e aos gritinhos e risinhos do dito cubículo e põem-se a retocar a maquilhagem em frente ao espelho enquanto trocam galhardetes invejosos tipo Ai estás tão gira e estás fantástica e tal e coiso. Um enjoo, só vos digo.
'Tá certo que há ocasiões em que uma mulher precisa de ter um pequeno tête-à-tête com a amiga sobre as ocorrências imediatamente anteriores mas... na casa de banho?! Além de me parecer um local desprezível para troca de cumplicidades garanto-vos que, nestes anos todos, nunca assisti a uma conversa que não se pudesse ter cá fora, com o barulho das luzes e tal. Enfim, devem ser estes comportamentos, a par de tantos outros que, às vezes, nos tornam seres tão irritantes.

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