segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Gramo!



Curto votar e gramo o dia em que o povo é chamado às urnas. Pela razão mais obvia que é o facto de poder fazer uso de um dever cívico, que nos é dado como direito na democracia que temos. Nunca deixei de votar, mesmo que em branco, mesmo que depois o meu voto fosse julgado como abstenção à semelhança dos sostras que nem se dignaram a sair de casa, menosprezando o direito que têm de escolherem e pensarem por si, contrariamente a boa parte da população deste mundo. Depois porque, à excepção da histeria da época natalícia, são os únicos Domingos do ano em que as ruas do meu bairro se enchem de gente. Mesmo quando a abstenção atinge uns vergonhosos 57%, posso nestes dias cruzar-me com os habitantes da minha freguesia e tomar o pulso ao tipo de gente que aqui vive. Novos e velhos, numa azafama ruidosa, para cima e para baixo, no cumprimento orgulhoso de um direito por muitos tomado como garantido.

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